Céfalo era um belo jovem que amava sua esposa Prócris, por isso fugia de toda mulher que o procurava, pois era totalmente devotado ao amor que sentia por ela. Prócris havia dado a ele, dois presentes ganhos pela deusa Diana para serem usados na caça: um cachorro, que era o mais veloz de todos e uma flecha que jamais erraria seu alvo.
Durante suas caças na floresta, quando o sol estava a pico, Céfalo deitava numa sombra sobre a relva para se refrescar e descansar. Toda vez que ele descansava, dizia: “Vem brisa suave, vem e refresca o meu peito, vem e mitiga o calor que me faz arder.”
Um dia, alguém passou por perto, ouviu o que Céfalo dizia e contou para Prócris, que duvidou e disse que só acreditaria na traição se visse a cena. Então, esperou Céfalo sair para a caça e o seguiu. Enquanto Céfalo descansava, escondida em um arbusto, ela ouviu as mesmas palavras que ele sempre dizia e começou a chorar.
Céfalo pensou que era um animal selvagem e lançou sua flecha, que acertou Prócris em cheio. Quando Céfalo percebeu que havia ferido sua amada com o presente que ela mesma havia dado, fez de tudo para que ela não morresse, porém de nada adiantou. Prócris morreu dizendo a Céfalo: “Imploro-te que, se algum dia me amaste, se já alguma vez mereci a bondade de tuas mãos, meu marido, faças este meu último desejo: não te cases com essa odiosa Brisa.”
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